quinta-feira, 16 de junho de 2016

Biomecânica no Chute

 O chute é o fundamento do futebol onde o atleta visa, através da sua utilização, atingir a meta adversária, com o intuito de fazer o gol. Esse fundamento pode ser realizado utilizando-se várias partes do pé para realizar o contato com a bola. Lees e Nolan (1998), detectaram que o chute é a habilidade mais estudada no futebol, sendo que existem muitos tipos de chute, porém o que recebe maior atenção da comunidade científica é o chute com o dorso do pé realizado com velocidade máxima, estando a bola parada. O conhecimento teórico do chute é um fator importante para o jogador, pois o habilita a diminuir as possibilidades de erros. Deve ser desenvolvido ao máximo sob condições difíceis e com qualquer parte do pé. A execução técnica do chute é aparentemente fácil, porém na prática pode tornar-se difícil devido a condições externas que nem sempre são controláveis. O jogador define o método do chute de acordo com seu propósito imediato, mas às vezes, as circunstâncias da partida é que determinam o tipo e a força empregada para atingir o objetivo determinado no instante. É importante respeitar o estilo do jogador mostrando-lhe as possibilidades de melhoria do movimento. Embora a literatura apresentada em sua maior parte defina como chute de potência aquele executado com o dorso do pé, e chute colocado ou com precisão aquele executado com a parte interna do pé; existem diferentes maneiras de executar um chute com o dorso do pé, numa pesquisa desenvolvida por Silva (2012) desenvolveu um sistema de medição biomecânica utilizando parâmetros cinemáticos, tais como: cinemetria bidimensional e parâmetros cinéticos, tais como: dinamometria, representada pela força de reação do solo e aceleração tibial, o qual a fase experimental consistiu na execução pelos voluntários do chute com o dorso do pé visando um alvo a nove metros de distância, numa simulação de batida de falta sem barreira ou pênalti, aonde foi possível trabalhar o chute colocado ou preciso juntamente com a potência ou ganho maior em velocidade visando dificultar as ações defensivas do goleiro adversário. Segundo Barfield (1998), o chute continuará sendo um tópico que necessitará muita discussão e pesquisas no campo da biomecânica porque continuará a ter um grande número de situações não totalmente solucionadas. A primeira é a influência das forças no pé de apoio no jogador relacionada à velocidade da bola; a segunda é a divisão mais definitiva das forças e momentos do quadril e joelho; a terceira é a relativa contribuição de cada ação do chute no futebol; e a quarta é o desenvolvimento de mecanismos próprios para proteção contra possíveis lesões decorrentes do jogo. A figura 1 mostra um sistema desenvolvido para análise da técnica do chute feito em laboratório, os quais foram avaliados quantitativamente os parâmetros fundamentais de uma técnica de execução do chute bem desenvolvida; neste caso o voluntário executou o chute com o dorso do pé visando o alvo e a resposta dos parâmetros analisados foram coletadas, analisadas e interpretadas posteriormente, fornecendo uma ferramenta eficaz para ser aplicada tanto em pequenas como em grandes amostras, podendo servir para melhora da performance motora quanto para prevenção de lesões decorrentes do desporto.



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